“Quando Deus Escolhe Alguém…” VÍDEO

 

A cruz…Ah! A cruz !

por Rubinho Pirola
“Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” 1 Co 1:22-25
O meu amigo Paulo Jr. falou, o Paulo Jr. avisou: “Para o religioso, o legalista, o fariseu, a cruz é sempre insuficiente, para o erudito, o intelectual, ela é demasiada e loucura!”

Para um, ela é pouco. Não basta crer naquilo em que a fé cristã está totalmente alicerçada.

Não basta. É preciso mais. Sempre mais: figurino novo, a aparência do que é santo e a coreografia religioso-evangélica. E dá-lhe banho de sal, visões, sinais e maravilhas, milagres, curas físicas… curas várias, interiores, exteriores e periféricas, pesquisa genealógica para ver-se quantas maldições hereditárias tem-se para quebrar e outros “passes” mágicos.

E venham lugares santos, de peregrinação, montes-de-oração-poderosos… Água? Só se for do Jordão.

E altares, físicos, materiais, templos contruídos por mãos humanas (e com direito a comissões ao empreiteiro!), Jerusaléns, até aquela da chamada “Terra Santa” (estado político, corrupto e inimigo dessa cruz e do crucificado, como tantos outros desse mundo), com direito a enfiarem as orações nos buraquinhos do Muro das Lamentações, senão ela não chega ao céu. Ah! E a bandeira do estado judaico no púlpito, como se esse, um estado político, fosse o Israel de Deus, circuncidado, quando muito, só no bilau do sujeito e não no coração.

E dá-lhe shofares (será berrante para chamar a boiada que concorda com tudo o que vem dos púlpitos? “Améeeem irmãããããos?”…).

Dá 10%! 10, não! Dá 20%, 30%… É pouco! Sacrifica mais. Deposita na sacolinha mais. Venha para a corrente dos setenta apóstolos ou dos quarenta ladrões vestidos de paletó e gravata que extorquem com apelos recheados de versos bíblicos mal-amarrados! Deus atende mais e com mais vontade ao que paga mais e mantém o saldo médio bem recheado, merecedor do cheque-especial no Banco do Senhor (será o São-Tão-Der?).

Não basta mais crermos no que Cristo fêz. É preciso um upgrade, uma actualização e ajuste ao que Ele disse já estar consumado.

Para o intelectual, racionalista, carnal, que só crê no que vê, toca ou sente, o cidadão do Império dos Sentidos, a cruz é sempre um exagero e loucura.

Dar-se? Negar-se a mim mesmo? Ofertar a melhor parte? Ser preterido, abrir mão dos direitos? Nunca. Isso é coisa de doido. Afinal, em algum lugar na Bíblia, diz isso e aquilo mais, sempre orientando-me que não é preciso. A pregação da moda, os cânticos do dia e a filosofia da hora é o pouparmo-nos, salvarmo-nos e livrarmo-nos de todo sacrifício – não é isso que Cristo fêz, então não preciso eu.

Eu quero é as regalias de ser filho do Rei. Ah! E não ficar na cauda, mas ser o cabeça, o principal, o maior dentre todos, o Apóstolo, ou, se der, como fez aquele conhecido picareta, impostor e falso-profeta, “Paipóstolo”!E por ai, vamos nós.

Nós, não. Me incluam fora dessa!

Retirado do Genizah

Teólogos debatem o “Novo Calvinismo”

Movimento quer trazer jovens às raízes
Três pastores reformados recentemente sentaram juntos nos Estados Unidos para conversar sobre o Novo Calvinismo que esteve varrendo a nova geração de Cristãos. É um movimento para jovens fiéis voltarem às raízes – ou seja, a Escritura e a soberania de Deus.
“Você tem uma geração de Cristãos que cresceram em uma cultura predominantemente secular e não são parte de uma cultura de Igreja,” disse o Dr. Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, em uma discussão informal realizado por The Gospel Coalition.
“Eles estão percebendo que alguma coisa tem de explicar como chegaram à fé no Senhor Jesus Cristo. Eles têm uma determinação absoluta, pode-se dizer, para deixar claro que o seu primeiro princípio é a soberania de Deus, não a soberania de si mesmo.”
O reverendo Kevin DeYoung, pastor sênior da Igreja University Reformed em East Lansing, Michigan, acredita que parte do apelo do Novo Calvinismo é que “tem algum músculo para isso” e é “robusto em doutrina.”
Há um sentido renovado de que “a soberania de Deus é bíblica e extraordinariamente importante, que Deus nos ama antes que o amássemos, que Ele é o único que faz o trabalho decisivo para a nossa salvação,” disse o jovem pastor.
Nos últimos anos, os pastores têm ponderado o aumento do interesse na teologia reformada – que inclui a manutenção da autoridade da Escritura, a soberania de Deus e a soberania da graça – com alguns propondo que se está saindo de uma inquietação e insatisfação com o evangelicalismo contemporâneo.
“Cansado de Igrejas que buscam entreter mais do que ensinar, sentindo falta depois da carne verdadeira da Palavra, estes jovens estão buscando doutrina e estão se tornando rapidamente novos Calvinistas,” afirma uma postagem no blog popular cristão Internet Monk.
Mohler foi identificado como um dos teólogos evangélicos contribuindo para o ressurgimento. Outros incluem o teólogo batista John Piper, CJ Mahaney das Igrejas da Sovereign Grace, e Mark Driscoll, Igreja Mars Hill.
“A novidade é que você tem gente nova em um novo tempo que estão redescobrindo os mesmos tipos de instintos teológicos e impulsos que levaram à Reforma e os encontra nas mesmas fontes – a Escritura,” explicou Mohler.
E o desejo por respostas carnais a perguntas como “como a graça de Deus vem a mim” emergem” de jovens que tentam nadar contra a maré do secularismo,” disse o conhecido evangélico.
O teólogo reformado Ligon Duncan explica o fenômeno desta maneira, “Eu acho que as antigas tradições confessionais abandonam sua fidelidade a algumas das grandes verdades que todos os protestantes têm valorizado porque nós os encontramos nas Escrituras, e os vemos no âmago do que a vida cristã e ministério são aproximadamente, você tem uma nova geração de pessoas que estão vasculhando a nossa lixeiras e dizendo ‘isso é ótimo, porque nunca ninguém me falou sobre isso?'”
Enquanto os jovens redescobrem as verdades bíblicas, DeYoung considera que pode “realmente revigorar evangélicos.”
Enquanto isso, para Mohler, o rótulo – se é o Novo Calvinismo – não importa.
Tudo se resume às Escrituras e “estar comprometido com o Evangelho, querendo ver a alegrar as nações em nome de Cristo, e querendo ver Igrejas evangélicas construídas e comprometidas,” indicou Mohler.
“Se você vai mergulhar profundamente as Escrituras, se você vai ter que explicar por que as Escrituras têm essa autoridade … [e] como isso se deu certo na vida, francamente, eu não ligo para como você rotula isso, você vai acabar em um bom lugar.”
Globalmente, as três teólogos estão animados.
“Eu acho que é uma coisa maravilhosa e puramente boa que esta nova geração esteja profundamente bíblica, profundamente apaixonada, profundamente convicta, cada vez mais confessional e pronto para fazer algo grande para o nome do Senhor Jesus Cristo,” disse Mohler.
Christian Post / Creio

Algumas coisas que os não-calvinistas deveriam saber sobre o Calvinismo

Por Colin Maxwell
Esta é uma tentativa de corrigir alguns dos mal-entendidos sobre o Calvinismo. Isto não pretende ser uma defesa doutrinária detalhada das Doutrinas da Graça.
1) Calvinismo e Hiper-calvinismo são pólos opostos. Os termos não devem ser usados como sinônimos. Um hiper-calvinista não é apenas um calvinista zeloso. Ambos consideram o outro como calvinistas “mistos”. Ninguém chama a si mesmo de hiper-calvinista.
2) Sim, os calvinistas se dividem em várias facções. Mas existem muitas escolas doutrinárias, e.g. Dispensacionalismo, Governo da Igreja, Adoração… nós cantamos somente Salmos ou usamos hinos? Quais hinos? Nós usamos música? Qual música? Com que conjunto de textos nós baseamos nossa tradução da Bíblia? É o Textus Receptus que é importante ou a (KJV) AV ? Ou ambos? Etc.
3) O termo livre-arbítrio precisa ser definido para evitar confusão. Calvinistas poderão afirmá-lo ou negá-lo, dependendo do que eles acham que você quis dizer… Isto algumas vezes leva a acusações de contradição. Consulte as Confissões Calvinistas padrão, e.g. a Confissão de Fé de Westminster, capítulo 9, para uma definição de termos.
4) O termo livre agência não é automaticamente o mesmo que livre-arbítrio quando usado por um calvinista. Ele é o termo calvinista preferido para livre-arbítrio. Preferido de forma a evitar a confusão tratada no ponto acima.
5) Calvinistas acreditam na responsabilidade do homem, mas negam sua capacidade de arrepender-se e crer no Evangelho. Os dois termos não são sinônimos. Calvinistas crêem que a incapacidade do homem de arrepender-se e crer é causada por seu próprio pecado, e a sua incapacidade não anula a sua responsabilidade.
6) Calvinistas não acreditam que os homens são fantoches, bonecos de madeira ou robôs, mas seres responsáveis e tratados assim por Deus, mesmo quando decaídos.
7) Calvinistas não são fatalistas. Calvinistas acreditam que Deus ordenou o fim e também os meios para este fim. Portanto, eles crêem no evangelismo como o meio que Deus usa para cumprir sua intenção de salvar os eleitos. Não é verdadeiro dizer que os calvinistas acreditam que Deus salva homens sem o Evangelho. Calvinistas acreditam em oração.
8) Calvinistas acreditam que é obrigação dos homens arrependerem-se e crerem no Evangelho. Esta é um de nossas disputas com alguns hiper-calvinistas.
9) Calvinistas acreditam que o Evangelho deve (para citar Calvino) ser pregado indiscriminadamente aos eleitos e réprobos (Comentário de Isaías 54:13), visto que não sabemos quem são eles, mas somente Deus.
10) Calvinistas não limitam o valor ou mérito ou dignidade do sangue de Cristo. Eles limitam a intenção do sangue para salvar qualquer um além dos eleitos. Nós estamos satisfeitos o bastante (como estava João Calvino) com a afirmação de que o sangue de Cristo é suficiente para o mundo inteiro, mas eficiente somente para os eleitos.
11) Calvinistas não pregam apenas os Cinco Pontos e nada mais. Pelo menos não mais que Dispensacionalistas que pregam apenas sobre profecias ou Pentecostais que só pregam sobre os dons do Espírito, etc.
12) Calvinistas não lêem os Cinco Pontos em todos os textos da Escritura. Muitos dos maiores comentários bíblicos, amados e valorizados por todos os cristãos (e.g, Mattew Henry) foram escritos por calvinistas.
13) Calvinistas acreditam que os homens podem resistir ao Espírito Santo. Eles acreditam que mesmo os eleitos podem resistir ao Espírito Santo, e o fazem… mas somente até o momento em que o Espírito regenera seus corações de forma que não resistam mais a Ele. Os não-eleitos efetivamente resistem a ele por toda a vida.
14) Calvinistas não acreditam que todos os homens são levados se debatendo e gritando irresistivelmente a Cristo. Nós acreditamos na graça irresistível. A vontade não é ignorada na salvação. Nenhum homem vem a Cristo involuntariamente, ou se lamenta por ter sido trazido.
15) Calvinistas não acreditam que existam almas lá fora que querem ser salvas, mas não podem ser salvas porque não são eleitas.
16) Calvinistas, sem ter acesso ao Livro da Vida do Cordeiro, vêem todo homem como potencialmente eleito e pregam o evangelho a ele.
17) Calvinistas acreditam na eleição incondicional mas eles não acreditam na salvação incondicional. A não ser que o homem nasça de novo, ele não entrará no Reino dos céus (João 3:3). A não ser que ele se arrependa, ele perecerá (Lucas 13:3). A não ser que seja convertido, etc… todas estas são condições da salvação.
18) Calvinistas acreditam que a regeneração precede a fé em Cristo. Nós não confundimos o termo regeneração com justificação ou salvação. O Espírito de Deus regenera o pecador eleito capacitando-o a abandonar seu pecado e voluntariamente abraçar a Cristo e então ser justificado pela fé e salvo pela eternidade. Regeneração, portanto, não é sinônimo de justificação ou salvação assim como convicação de pecado não é sinônimo de conversão a Cristo.
19) Perseverança dos santos não significa que os calvinistas crêem que eles podem levar sua querida vida sem qualquer referência a observar o poder de Deus. Isto simplesmente significa que nós cremos que os cristãos provarão ser vencedores, de acordo com 1 João 5:4-5, etc…
20) Alguns calvinistas usam a frase redenção particular em oposição à expiação limitada porque eles podem ver como a posição da redenção geral também limita a expiação, embora de uma forma diferente, isto é, ela não realiza a tudo que se pretende.
21) Calvinistas não acreditam que João Calvino era infalível… não mais que Metodistas acreditam que João Wesley foi infalível ou Dispensacionalistas dão a Schofield ou John Darby a palavra final.
22) Embora os calvinistas creiam que a graça salvadora e o arrependimento são dons de Deus, dados somente a seus eleitos, eles não crêem que Deus exercita a fé por eles ou arrepende-se por eles. O pecador eleito, capacitado pelo poder de Deus, realmente se arrepende e crê por si mesmo.
23) Embora possa não haver um meio-termo real entre a posição calvinista e aquela dos não-calvinistas, ainda assim muitos calvinistas acreditam que os dois lados realmente pregam o Evangelho. Apesar de nossas diferenças em muitos dos detalhes, um homem que prega que Cristo morreu pelos ímpios e que a obra foi suficiente para salvar aquele que se arrepende e crê está realmente pregando o Evangelho. Nós nos regozijamos na pregação do Evangelho de John Wesley tanto quanto na de George Whitefield, apesar de (naturalmente) considerarmos Whitefield um teólogo melhor.
24) Não há nenhuma contradição ou paradoxo entre a soberania de Deus e a responsabilidade do homem. Em nenhum lugar a Escritura diz que o homem é responsável porque ele é livre, ou seja, a afirmação de que a responsabilidade pressupõe a liberdade é uma falácia. Pelo contrário, a Escritura ensina que o homem é responsável porque Deus, que é soberano, o considerada assim. Além do mais, Paulo, em Romanos 1, afirma que é o conhecimento inato do homem que o torna responsável pelos seus atos, e não a sua suposta liberdade. Isso está de acordo com o que Jesus diz em João 9:41: “Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”.
25) Embora os calvinistas creiam que até mesmo atos pecaminosos são ordenados por Deus (Efésios 1:11/Provérbios 16:4), isso não faz de Deus o autor do pecado. Concordamos com o Dr. Clark, que ao escrever seu livro sobre o problema do mal, disse: “Deus não é o autor deste livro, como os arminianos seriam os primeiros a admitir; mas ele é a causa última dele, como a Bíblia ensina. Todavia, eu sou o autor. Autoridade, portanto, é um tipo de causa, mas há outros tipos. O autor de um livro é a sua causa imediata; Deus é a sua causa última… Deus não comete mais pecado do que ele está escrevendo essas palavras”.
Então, aqui está. Eu não espero que esta lista realmente convença alguém da verdade da posição calvinista. Isto não intenta ser uma defesa doutrinária do Calvinismo. Eu dei poucas referências porque queria manter curto e de fácil acesso. As confissões calvinistas padrão (isto é, a Confissão de Fé de Westminster, etc.) devem ser consultadas para afirmações definitivas.
***Muitos acham que o calvinismo é exclusivista, errado ! O calvinismo apenas mostra a Soberania de Deus em relação a salvação do homem. Deus salva porque Ele quer, não por causa das obras (Rm 9.11). Li e aprovei todo o texto acima, e espero, como disse o autor do texto, que esta lista não convença-o das confissões calvinistas; até porque considero o calvinismo tanto o arminianismo, formas de convicções.***
Graça e Paz,
Soli Deo Gloria
Matheus Bastos